domingo, 7 de agosto de 2011

Repressão violenta a estudantes chilenos e mais de 800 presos

Carabineiros de Piñera usam força indiscriminada para proibir novas manifestações pela Educação.

Os conflitos entre manifestantes e policiais nesta quinta-feira (04/08) no Chile levaram à prisão de pelo menos 874 pessoas em várias cidades do país, segundo o jornal local La Tercera. Desobedecendo à proibição de protestos do governo chileno, estudantes lideraram as manifestações e ocuparam várias ruas de Santiago e do interior.

A repressão à manifestação de ontem pode ter sido a mais violenta dos últimos três meses, desde o início do movimento estudantil, em maio. Os universitários e secundaristas reivindicam a ampliação da educação pública e gratuita e a ampliação de investimentos no setor. Mais de cinco mil pessoas foram às ruas do Chile.

O vice-ministro do Interior, Rodrigo Ubilla, negou que civis foram feridos, mas confirmou que 29 policiais se machucaram. Das 552 pessoas detidas, 284 protestavam na capital. Em comunicado, o serviço de segurança informou que as detenções ocorreram motivadas pela “desordem, por porte de armas ou explosivos”.

Os policiais usaram gás lacrimogêneo e jatos de água na tentativa de dispersar os manifestantes. O clima de tensão tomou conta de várias avenidas no país. As manifestações duraram, em média, cinco horas. Na última quarta-feira (03), o governo do Chile anunciou de forma "categórica e definitiva" que não autorizaria novas passeatas estudantis pela principal rua de Santiago, La Alameda. O anúncio ocorreu em momento de tensão, após os movimentos estudantis não aprovarem 21 medidas para a reforma da Educação.

Por Opera Mundi.

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