sábado, 23 de julho de 2011

Professores e estudantes protestam em Honduras

Manifestações contra a privatização da Educação levam milhares às ruas.
Milhares de professores e estudantes de segundo ensino protestaram nesta sexta-feira nas ruas de Tegucigalpa, em Honduras, contra os planos do governo de privatizar a educação pública. A manifestação começou em frente à Universidade Pedagógica Francisco Morazán e culminou cerca da Casa Presidencial, onde policiais e militares despregaram uma barreira de segurança. Trata-se do primeira greve em várias instituições educacionais e foi convocado pelo Colégio de Professores de Educação Média de Honduras (Copemh).

Um dos líderes do Copemh, Oscar Recarte, disse que não permitirão a privatização da educação pública e manterão os protestos. O presidente do Copemh, Jaime Rodríguez, sustentou que a organização não se opõe a reformas educativas, mas devem ter o consenso de diretores, professores e estudantes. O secretário-geral do Primeiro Colégio Profissional Hondurenho de Professores (Pricphma), Orlando Mejía, assegurou que assembleias informativas estão sendo articuladas para consultar com as bases.

A Federação de Organizações Magisteriais de Honduras (FOMH) assegurou que na segunda-feira adotará uma posição oficial ante um aumento salarial proposto pelo governo. O ministro de Educação, Alejandro Ventura, disse que o desemprego não é acatado a nível nacional, mas reconheceu que vários colégios permanecem fechados desde a quarta-feira.

A manifestação decorreu enquanto o presidente Porfírio Lobo celebrava a terceira rodada do diálogo político com diversos setores, desta vez vinculados ao tema da educação. No encontro, foram convocados dirigentes dos seis colégios magisteriais, organizações e sociedades de pais de família e organismos não governamentais vinculados ao ensino. Na primeira rodada, Lobo escutou os líderes dos partidos políticos e movimentos emergentes, enquanto na segunda participaram camponeses e operários de todo o país.

As propostas que surgirem desses diálogos serão enviadas ao Congresso Nacional para sua discussão e aprovação para impulsionar as mudanças que o país precisa, explicou Lobo.

Por Prensa Latina.

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