terça-feira, 1 de novembro de 2011
URNE faz coro com a Veja e é rechaçada no twitter
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Congresso da APES mobiliza 190 mil estudantes
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Saiba mais sobre a rede do movimento estudantil secundarista de Natal
O que é a rede do movimento estudantil?
O movimento estudantil secundarista brasileiro é organizado através de uma rede de entidades, começando pelo grêmio estudantil até a entidade nacional dos estudantes secundaristas, a UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), sediada em São Paulo. Fundada em 1948, a UBES representa os estudantes de níveis fundamental, médio, técnico, profissionalizante e pré-vestibular de todo o país. Seu primeiro presidente, Luís Oliveira de Bezerra Lima, era estudante do Atheneu Norte Rio-Grandense.
Logo após a UBES, que representa os secundaristas do Brasil, vem as entidades estaduais. Em Minas Gerais, por exemplo, a entidade estadual é a União Colegial de Minas Gerais, já em São Paulo chama-se União Paulista dos Estudantes Secundaristas. E assim vai. No RN, a APES (Associação Potiguar dos Estudantes Secundaristas), fundada em 1928, representa os estudantes de níveis fundamental, médio, técnico, profissionalizante e pré-vestibular de todo o Estado. É a mais antiga do Brasil. Por ela já passaram nomes significativos na vida política do RN e do Brasil, como o vereador autor da lei da meia-entrada e meia passagem em Natal, Érico Hackradt; Geraldo Melo, ex-governador; Moacyr de Góis, educador; dentre tantos outros.
Cada município tem sua entidade municipal. Em Natal, a União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (UMES) foi fundada em 1982 e foi protagonista, junto com a APES, das principais lutas estudantis e sociais das últimas três décadas, como as Diretas Já, Fora Collor, a conquista da gestão democrática e da meia passagem intermunicipal, o fortalecimento da meia passagem em Natal, dentre tantas outras.
Para o presidente da UMES, Whanderley Costa, o movimento estudantil potiguar é um dos mais expressivos no Brasil. "A pauta educacional da UBES no RN é uma das mais exitosas no Brasil. Somos um Estado que pode se orgulhar de ter conquistado a gestão democrática na capital e no RN, com participação das entidades nos conselhos municipal e estadual, reserva de vagas no IFRN e na UERN nos moldes defendidos pelos estudantes, meia passagem intermunicipal, dentre outras. É por isso que é fundamental termos as entidades estudantis atuando, com amplitude e disposição para ir às ruas".
Grêmio Estudantil, a base do movimento estudantil secundarista
Em 4 de novembro de 1985, o projeto de lei do Deputado Federal Aldo Arantes, garantiu a reorganização dos Grêmios Estudantis, que haviam sido transformados em Centros Cívicos pela Ditadura Militar, como forma de evitar a participação dos jovens na política e manter as entidades escolares sob vigilância e controle das direções de escola.
Os grêmios são a base do movimento estudantil secundarista. É desses espaços que fecundam as lideranças que farão parte das entidades municipais, estaduais e até nacional! Desses espaços surgem as opiniões que serão aprovadas nos congressos das entidades, retornando em forma de mobilizações, seminários e demais atividades.
Segundo o Diretor Regional da UBES, Pedro Henrique, o grêmio estudantil é uma grande formadora de quadros políticos para o país. "É um espaço de convivência, interação e aprendizado. O representante do grêmio deve saber ouvir, entender as reivindicações e construí-las coletivamente, mas, sobretudo, ter capacidade de atrair novos jovens para essa vivência única que é o movimento estudantil".
E o que são essas "entidades" que emitem carteira e não atuam no movimento estudantil?
Em 2001, o então presidente Fernando Henrique Cardoso assinou, em conjunto com o Ministro da Educação, Paulo Renato de Souza, a Medida Provisória 2.208/2001, que, em síntese, abriu a possibilidade de qualquer um que quisesse organizar uma entidade estudantil, mesmo que sem qualquer representatividade, pudesse fazê-lo. O objetivo era enfraquecer as entidades estudantis legítimas, que naquele período promoveram uma série de passeatas contra o sucateamento da educação, corte de verbas e o desemprego cada vez mais acentuado, resultando na falta de perspectivas para a juventude.
Em Natal, como em diversos outros Estados, surgiram inúmeras entidades apenas com a finalidade de emitir carteira de estudante e lucrar como se o direito conquistado com muito suor e mobilização da juventude pudesse se tornar um instrumento meramente comercial nas mãos de empresários.
Com isso, passaram a surgir inúmeras denúncias de falsificação de carteiras estudantis e, com o recurso da carteira revertido para o lucro de empresários e não do movimento estudantil, os grêmios estudantis que passavam de 100 em 2001, minguaram para menos de 20 em 2010.
Com a Identidade Estudantil Eletrônica, parceria entre as entidades estudantis, NatalCard e prefeitura de Natal, a tendência é a moralização do processo de carteiras estudantis a quem de fato possui o direito, retomada da organização de grêmios e das lutas que unificam os estudantes para conquista de novos direitos.
Agora que você sabe um pouco sobre a rede do movimento secundarista de Natal, que tal organizar o seu grêmio e participar dessa luta?
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Congresso de Reconstrução da APES/RN será em novembro
Fundada em 1928, a APES já contou em sua diretoria com personagens importantes da política e do mundo jurídico. Érico Hackradt, que dá nome ao plenário da Câmara Municipal de Natal, foi o primeiro presidente da reconstrução, na década de 40, e o Vereador que apresentou os projetos de lei da meia-entrada e da meia-passagem. Moacyr de Góis, escritor, educador e professor, Secretário de Educação em Natal durante a realização do movimento de alfabetização popular "De Pé no Chão Também se Aprender a Ler", também fez parte da gestão da APES.
Para o Diretor Regional da UBES, Pedro Henrique, esse é um período muito especial para o movimento estudantil potiguar. "Após a realização de um grande e prestigiado Congresso da UMES, nos preparamos para reorganizar essa que é uma das principais entidades estaduais do país, que contribuiu para a fundação da UBES e legou à primeira gestão da entidade nacional dos estudantes secundaristas um presidente potiguar".
Congresso da APES será em Montanhas
O 14º Congresso da APES será realizado na cidade de Montanhas, localizada a 87 quilômetros da capital. Possui aproximadamente 12 mil habitantes, fazendo parte da Região Comercial de Santa Cruz. A entidade estudantil municipal será a anfitriã do Congresso.
Para o presidente da UMES, Whanderley Costa, esse será um espaço importante para discussão das pautas que podem unificar os estudantes potiguares. "Nossa expectativa é que o Congresso aponte para uma agenda capaz de unificar os estudantes do Rio Grande do Norte, como ocorreu em outros períodos, como na luta pela gestão democrática e pela meia passagem intermunicipal".
Eleição de delegados, participe!
Os delegados ao Congresso da APES serão eleitos para o Congresso da APES e para a Etapa Estadual da UBES, através da eleição do delegado por voto em urna. Escolas com até 1000 estudantes matriculados elegem um representante; de 1001 a 1500, 2 delegados; 1501 a 2000, 3 delegados e assim sucessivamente.
As eleições são cadastradas através do sistema eleitoral nacional do Congresso da UBES e pode ser acessado através do endereço http://www.ubes.org.br/congresso.
Cadastre sua escola e venha fortalecer a luta dos estudantes secundaristas brasileiros!
sábado, 24 de setembro de 2011
UMES Natal de volta para casa!
Presidente da UMES e estudante do IFRN, Whanderley Costa, comemorou o resgate da sede. "Acabamos de sair de dois vigorosos processos eleitorais de grêmios estudantis, sendo em um deles com a maior participação de estudantes da história, reorganização de mais outro que está em processo eleitoral e agora retomamos a sede. Isso no primeiro mês de gestão. Queremos deixar um legado ainda maior de reconhecimento, importância, capacidade de luta e organização que são marcas dessa entidade".
Pedro Henrique, Diretor Regional da UBES e estudante do Cursinho Hipócrates, destacou a importância dos estudantes secundaristas terem um espaço. "Poucas entidades municipais têm sede própria e a UMES a conquistou com muito suor e disposição de gerações que ousaram construí-la. É um espaço que precisa ser valorizado por sua função pública, daqui saem debates e temas relevantes para Natal e para o RN, que provocam repercussão nas escolas e nas ruas. A UMES é uma entidade que tem conseguido casar sua agenda organizativa com uma participação muito destacada para o Congresso da UBES, essa geração tem tudo para deixar sua marca".
Neste final de semana a diretoria iniciou um mutirão de limpeza do espaço físico e pintura. A previsão é retomar a energia elétrica nesta semana e inaugurar uma agenda de debates e de ações artísticas e culturais. Quem quiser conhecer a sede da UMES, o endereço é rua Voluntário da Pátria, 802, Cidade Alta, Natal/RN.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Grêmio Paulo Freire elege nova diretoria
Tásia Monique afirmou que "os estudantes foram capazes de entender quem está disposto a defender na escola e fora dela um projeto ousado em defesa da nossa instituição, mobilizando os estudantes e sendo capaz de atender às expectativas em todos os aspectos - cultural, artístico, dentre outros". Para ela, a UMES Natal tem valorizado o protagonismo feminino. "Foram duas mulheres eleitas apenas nesta semana, o que mostra a qualidade característica das mulheres quando elas participam da política", finalizou.
Diretor Regional da UBES, Pedro Henrique acompanhou o processo eleitoral e destacou a importância do Grêmio Paulo Freire. "Nos principais momentos da história do movimento estudantil secundarista, os estudantes do FLOCA tiveram papel destacado. Essa turma que acabou de ser eleita começa com grande responsabilidade pela votação expressiva que receberam nesse processo eleitoral, estou convicto que a maior votação da história resultará também na maior gestão já realizada".
Whanderley Costa, presidente da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (UMES), comemorou o resultado do processo eleitoral. "Foram quase 1500 votos, poucos grêmios no Brasil conseguem tamanha participação. Estivemos ao longo dos últimos dias passando em sala, estimulando a participação dos estudantes e o debate democrático para fortalecimento do processo eleitoral. Foi uma tripla vitória: a reorganização do Grêmio Estudantil, a qualidade na participação e a expressiva participação estudantil. Agora é honrar os votos e fazer uma gestão à altura do apoio depositado nas urnas".
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
CARTA AOS ESTUDANTES BRASILEIROS
Neste dia de simbolismo inegável e de valor histórico ainda em construção, ecoando com os brados daqueles que, durante os últimos 189 anos, continuam a gritar pela independência de todas e todos brasileiros, deixam-se aqui as seguintes palavras, idéias e sonhos para a classe estudantil da nossa nação.
O Brasil dos jovens de 2011 é um país em movimento, cada vez menos dependente de seus grilhões, mas ainda profundamente distante de ser livre. A independência, relembrada neste 7 de setembro, é um processo de caminhar, é o desejo de atravessar a ponte histórica que levará o país ao futuro. É a perspectiva de deixar, na outra margem, a desigualdade social, a opressão e exclusão da juventude, a miséria, a injustiça, os preconceitos de todos os tipos contra as mulheres, negros, idosos, gays, lésbicas, pobres, nordestinos, analfabetos e tantos outros representantes do povo não favorecido deste país.
O Brasil dos estudantes desta década –a década de 10– será um país de mudanças sem precedentes. Será o início de nossa primavera, tal como essa que se apresenta em setembro de 2011, após uma incessante demonstração de vigor e mobilização dos jovens no último mês de agosto. O “Agosto Verde e Amarelo” do movimento estudantil levou milhares às ruas de todo o país, culminando com a grande “Marcha dos Estudantes” sobre Brasília, no dia 31, fazendo reverberar o grito de exigência dos 10% do PIB e dos 50% do fundo social do Pré-sal investidos exclusivamente na educação brasileira.
A grande transformação na educação é um imperativo, com a superação do analfabetismo, das brutais desigualdades regionais, do desequilíbrio na qualidade de ensino acessível para ricos e pobres, da má remuneração dos professores e das ainda injustas políticas de acesso à universidade. A essa bandeira, juntam-se outras indispensáveis, erguidas pelo movimento social brasileiro neste 7 de setembro: a redução imediata das taxas de juros do país e a mudança da política econômica, por mais desenvolvimento social e humano; a aprovação de uma reforma política ampla, que fortaleça a democracia e a participação popular e combata a corrupção e os privilégios de poucos; a redução da jornada de trabalho e o aumento nos ganhos reais dos trabalhadores; a reforma agrária, com o fim da violência no campo; a democratização da comunicação e do conhecimento, incluindo a aprovação de um plano ostensivo e acessível de internet em banda larga; a priorização da cultura, do esporte e de todas as políticas públicas para a juventude brasileira, como catalisadoras de um futuro de paz e igualdade social.
A União Nacional dos Estudantes – UNE , a União Brasileira de Estudantes Secundaristas – UBES e a Associação Nacional de Pós Graduandos – ANPG entendem que a última gestão do governo federal e esta que chega ao seu primeiro 7 de setembro demonstraram sensibilidade frente a essas necessidades. No entanto, acreditam que ainda é preciso muito mais para alcançar, de fato, a independência. Desta forma, chamamos a juventude brasileira a ocupar cada vez mais espaços, físicos e virtuais, nas ruas, nas escolas, nas universidades, na internet e nas redes sociais, sensibilizando a sociedade brasileira e pressionando todos os governos para aprofundar e ampliar as mudanças necessárias ao país.
Para amplificar esse grito, anunciamos aqui o início de uma grande mobilização popular para a realização do abaixo-assinado que recolherá milhões de assinaturas pelos 10% do PIB e 50% do Pré-sal pra educação.
Esta carta é, portanto, um documento para a reflexão e um convite, aberto e irrestrito, a todas e todos os jovens estudantes do Brasil que, generosos e corajosos, mobilizados hoje e sempre, construirão o Brasil mais justo, honesto e desenvolvido com o qual sonhamos e para o qual estudamos e trabalhamos.
Viva a independência construída todos os dias pelo estudo e trabalho de milhões da brava gente brasileira!
Viva os sonhos e as lutas de gerações por um país soberano, democrático, justo e feliz!
Viva a voz da juventude que em setembro grita por liberdade e amor pelo Brasil!
Daniel Iliescu – presidente da UNE
Yann Evanovick – presidente da UBES
Elisangela Lizardo – presidente da ANPG
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Dilma recebe documento com 43 pautas dos representantes da #marchadosestudantes
“Nós temos compromisso com a educação pública no Brasil, e vamos aprofundar esse compromisso”, afirmou. A presidenta elogiou também a disposição de luta política dos estudantes, diferentemente de alguns jovens que se vêem sem perspectivas. “Graças a Deus, vocês têm muito pelo que lutar”, comentou.
Evanovick afirma que diante de todo o esforço dos estudantes, nas mobilizações a esperança é muito grande. Segundo ele, a importância desse protagonismo dos jovens estudantes representa mudanças na política econômica do país, como por exemplo, a lavagem da calçada do Banco Central em manifestação feita contra o aumento do juros. O resultado foi rápido, a manifestação que aconteceu pela manhã dessa quinta-feira também contribuiu para a queda da taxa em 0,5% logo mais a noite.
Entre as pautas que compõem o documento está o investimento de 10% do PIB e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para Educação. A presidenta encaminhará o documento aos ministros Fernando Haddad (Educação) e Gilberto Carvalho (Secretaria Geral), além da secretária nacional da Juventude, Severine Macedo, para que analisem as solicitações feitas no documento, sob coordenação do MEC.
domingo, 28 de agosto de 2011
Vale a pena estudar de madrugada?
O silêncio é o principal aliado do estudante para manter a concentração em alta. Quem experimentou, sabe as vantagens. Como estamos no começo do ano letivo, época em que os alunos estão cheios de gás para dar conta do conteúdo – e muitos se comprometem a estudar até tarde -, preparamos umas dicas para quem resolver trocar a noite pelo dia.
1) É preciso garantir o sono
Estudar à noite não significa esquecer-se de dormir. É preciso definir as oito horas de sono diárias. Isso quer dizer: se você resolver estudar até as 2h da manhã, acorde só às 10h. Ou se você tem aulas pela manhã, durma no começo da noite – perto das 20h, por exemplo - para acordar na madrugada – perto das 4h. Especialistas em medicina do sono, no entanto, alertam que é preciso tomar bastante cuidado na hora de trocar a noite pelo dia. Para o médico Lucas Lemes, o sono à noite é o de melhor qualidade, porque tem menos interferência de barulho.
2) Mantenha a rotina
Algumas pessoas responderam na nossa enquete que só estudam de madrugada quando têm prova no dia seguinte. Isso é um perigo. Estudar por 10 horas seguidas, à base de guaraná em pó e café, não funciona. Você vai se esforçar muito, ficar bem cansado e os resultados serão mínimos. Para aprender, nosso cérebro precisa estar descansado. Esta regra é básica.
3) Evite estimulantes
A opção pelo sono em um horário diferenciado deve ser natural. Se você não conseguir ficar acordado estudando até a meia-noite, durma. Vá tentando estender o sono aos poucos, até que seu corpo esteja acostumado com o novo horário de sono. E, lembrando: evite estimulantes. A cafeína, por exemplo, faz o corpo liberar substâncias que inibem o sono natural, o que pode acarretar em mais cansaço no dia seguinte.
Fonte: http://www.vestibular.com.br
domingo, 21 de agosto de 2011
Whanderley Costa é eleito presidente da UMES Natal
A abertura de inscrição de chapas ocorreu às 16h. Foram inscritas duas chapas, Primavera Livre e Arrastando Toda Massa.
Whanderley, eleito com 78 votos dos estudantes presentes, afirmou que esse é um momento muito especial para a União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas. "Ao longo dos últimos três meses suamos a camisa e organizamos os estudantes em suas escolas para tornar o Congresso da UMES uma festa da democracia e da força do movimento estudantil secundarista. Esse 16º Congresso é a prova da vitalidade e da grandeza da UMES. Agora vamos recuperar a sede física da entidade, organizar muita mobilização por 10% do PIB pra educação e organizar os grêmios estudantis que estão desativados", afirmou.
O novo presidente da UMES disse que a entidade em setembro vai promover, em conjunto com as demais organizações dos estudantes, o Setembro Verde-Amarelo pelos recursos do pré-sal investidos na educação. Segundo ele, "queremos que, assim como em março, nossa Jornada possa repercutir amplamente e ser a maior e mais representativa de todo o Nordeste".
Confira abaixo o resultado da eleição:
Primavera Livre: 7 votos (3 diretores)
Arrastando Toda Massa: 78 votos (6 diretores)
Total: 85 votos
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
16º Congresso da UMES espera receber 300 estudantes
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
domingo, 7 de agosto de 2011
Repressão violenta a estudantes chilenos e mais de 800 presos
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
"Agosto verde e amarelo" será lançado na posse da nova gestão da UNE
domingo, 31 de julho de 2011
Jornada Nacional de Lutas dos movimentos sociais começa quarta-feira
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Professores e alunos protestam contra lixo acumulado em frente a escola
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Nota de pesar pela morte de Bira Holanda
terça-feira, 26 de julho de 2011
Congresso da UMES Natal será no dia 20 de agosto
segunda-feira, 25 de julho de 2011
UNE promete pressão para garantir meia entrada na Copa
Em entrevista ao Terra Magazine, o presidente da entidade Daniel Iliescu afirma que a Fifa não pode se sobrepor à lei.
Pressão. Esta é a arma a que a União Nacional dos Estudantes (UNE) pretende recorrer para assegurar que o direito à meia entrada não seja violado no Mundial de 2014. A minuta da Lei Geral da Copa, elaborada pelo Ministério do Esporte em acordo com a Federação Internacional de Futebol (Fifa), estabelece que é desta entidade a responsabilidade de estipular o valor dos ingressos para as partidas do evento, o que colocaria em risco o benefício conquistado por estudantes e por pessoas com 60 anos ou mais.
A minuta da Lei Geral da Copa, em análise na Casa Civil, apresenta regras para a organização do campeonato no Brasil em 2014, como distribuição de imagens para emissoras de televisão e proteção de produtos e marcas licenciados para o Mundial. "Vamos nos preparar para nos mobilizar e defender nosso direito, se a gente enxergar que ele está ameaçado", afirmou o recém empossado presidente da UNE, Daniel Iliescu.
Iliescu afirmou que, se for necessário, a entidade organizará manifestações. "Lembramos que a lei está em vigor e o evento da Fifa não pode ferir uma lei conquistada e aprovada nos municípios e estados brasileiros. Vamos nos relacionar ao poder público, com a pressão dos estudantes, de modo a exigir que nosso direito seja garantido".
Confira a entrevista.
Terra Magazine - Como a UNE pretende se posicionar em relação à questão?
Daniel Iliescu - A meia entrada é uma conquista histórica do País, da juventude e da UNE. Entendemos que é uma lei, que está em vigor em estados e municípios. Inclusive, desde a década de 90 pra cá, foi um novo ciclo destas leis de meia entrada no País inteiro. Entendemos que todo e qualquer evento, internacional ou nacional, que seja em território brasileiro, tem que respeitar essa conquista. É um direito conquistado para que o estudante tenha acesso à cultura, ao esporte, ao lazer, contribuindo para a educação do País. Nossa interpretação é que a lei está em vigor e a Copa é um assunto muito importante para o País, não só do ponto de vista do esporte, mas por todo impacto social e econômico que gera. Então, é um assunto de interesse nacional e a UNE também vai acompanhar. Nessa calourada, vamos promover debates nas universidade. É um assunto que tem grande apelo entre os estudantes, e vamos nos preparar para nos mobilizar e defender nossos direitos, se a gente enxergar que ele está ameaçado.
Você falou em assegurar esse direito. O que a UNE pretende fazer?
O congresso da UNE terminou com uma resolução com muita força de que, no final de agosto, a gente convocará uma grande jornada de lutas. Essa jornada tem como centro a bandeira dos 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para educação. A UNE acabou de fazer um congresso que debateu uma série de temas para o País, desde educação a direitos humanos, economia, meio ambiente, saúde, cultura, esporte, sexualidade. A conferência nacional vai abarcar um conjunto de discussões importantes. É uma plataforma da UNE. Vamos apresentar essa plataforma aos estudantes para discussão nas calouradas, para a sociedade e para o governo, para os órgãos do poder público. Dentre isso, a gente vai estar discutindo a MP (Medida Provisória) da Copa. O esporte começa a ganhar cada vez mais centralidade na vida do País, na agenda da sociedade, na agenda do Estado pela Copa e pelas Olimpíadas. Achamos importante que toda sociedade civil organizada, de acordo com sua perspectiva, contribua para que o Brasil tire o maior saldo disso. Entendemos que o Brasil deve ser beneficiado. A sociedade deve discutir sobre o legado da Copa e das Olimpíadas para que não sejam meros eventos comerciais, mas que consigam contribuir para um projeto de desenvolvimento do País, de inclusão da população e de geração de empregos.
Mas em relação à meia entrada especificamente. Se realmente estiver ameaçada para a Copa de 2014, a UNE pretente tomar qual providência?
Se amanhã a meia entrada estiver ameaçada, os estudantes vão se mobilizar e a UNE vai organizar manifestações em torno dessa bandeira, dentro também dessa reivindicação de mudanças na educação. Agora, lembramos que a lei está em vigor e o evento da Fifa não pode ferir uma lei conquistada e aprovada nos municípios e estados brasileiros. Vamos nos relacionar ao poder público, com a pressão dos estudantes, de modo a exigir que nosso direito seja garantido.
O ministro do Esporte, Orlando Silva, teve uma trajetória no movimento estudantil, foi presidente da UNE. Como você vê o posicionamento dele nesse caso?
A nota que eu vi do Ministério do Esporte fala dessa responsabilidade de estados e municípios de legislação. E, de fato, isso confere. Mas vamos pressionar todos os agentes do poder público envolvidos, tanto dos estados e municípios quanto do próprio ministério, de que esse seja um direito garantido (meia entrada). E também o Congresso Nacional, a quem cabe a aprovação da legislação sobre a Copa. Vamos pressionar todos os atores públicos, desde o Ministério dos Esportes até os municípios das cidades-sede da Copa do Mundo.
Mas provoca em vocês algum tipo de desapontamento?
A UNE tem que ir a audiências públicas com todos os atores envolvidos, inclusive, com o Ministério do Esporte, para que a gente tenha condições de dialogar, ouvir e entender qual é de fato a opinião. A gente acabou de discutir sobre isso no congresso da UNE. Essa é a opinião da UNE até aqui: a de pressionar e dialogar com todos os atores. Por enquanto, não há desapontamento. Pelo contrário. A gente fica, de certa forma, até orgulhoso mantendo essa relação de independência e distanciamento necessário entre a UNE e o ministério. Antes de eu assumir a presidência da UNE, eu me lembro de companheiros orgulhosos com a conquista das Olimpíadas no Brasil porque isso é o resultado da ação e do trabalho coordenado de muitas figuras, entre elas, o ex-presidente Lula e o ministro Orlando.
Não existe um desapontamento. Existe uma expectativa de que o trabalho seja muito bem feito, de que todos os atores do País somem esforços para que a gente faça uma Copa inesquecível, que o Brasil conquiste o título e que o País consiga ter legado disso, que consiga ter efeitos na economia e na condição social de sua população. Investimentos em educação, em aparelhos culturais, democratizar o acesso ao esporte no País. Desapontamento, felicitações só haverá ao final desse processo. Só em 2014, quando a Copa estiver concluída e esse caminho para que o Brasil se desenvolva também a partir do esporte estiver montado. Aí, caberá um balanço sobre desapontamento, alegria por parte dos atores envolvidos. Nossa expectativa é que o trabalho seja bem feito.
Por Terra Magazine.